Vinha o sol de bico aberto no canto de um galo novo E a manhã fazendo pouso lá por detrás do capão A indiada apertando a cincha, num bate-bate de argolas E um choro fino de esporas, como clarim do galpão. Eguada de cria ao pé, com sereno no topete Que clareou costeando o brete, talvez pressentindo o chão Cada tordilha mais linda, umas chucras, outras mansas E um cusco que é das confianças pra lidar com a criação E um cusco que é das confianças pra lidar com a criação. Refrão: ”Num grito de abre a porteira tropilha se esparramando A potrada se trompando contra as éguas na saída Mais lembrava um olho d`agua , que da terra ia surgindo E serpenteava sumindo, por entre a várzea comprida.” No lombo de um zaíno louco, sestroso e passarinheiro Um campeiro abria o peito, entre a poeira e o tropel Até previa o momento que o maula fosse sentando Renegando de um zurrilho, que a dias se foi pro céu. Um cincerro no pescoço, num costado musical De uma gateada cardal, madrinha por experiência. O capataz bem de longe, num bico branco calçado Parecia um delegado, nos setembros da querência Parecia um delegado, nos setembros da querência. Talvez tivesse na idéia, mirando campo e estrada De soltar essa gateada na frente de uma tropilha Pra invernar n`algum rincão, os tubunas do poder Que fazem o povo sofrer, taperando estas coxilhas.