Descampado, sin alambre Várzea, sanga e canhadão No céu a constelação Da cruz del sur alumbrando Vento gelado arrepiando Pasto e gado cimarrón. Foi a época do couro Carnal, carneadeira e flor Garrão cortado de touro Mão certeira e sangrador A soga, a pedra, o estouro E o grito do boleador. E o grito do boleador. Subiu a poeira do tombo E a poeira do esquecimento Só uma payada, um lamento Prendeu a voz deste estrondo El cantar siempre es más hondo Si al canto lo carga el tiempo. El cantar siempre es más hondo Si al canto lo carga el tiempo. ( ) "Se o livro ainda não sabia Que já chegara o gaúcho O payador, monge e bruxo Teimava que ele existia Dos gritos tirou poesia Do couro tirou seu luxo. ( ) Três séculos... quase nada Pras estrelas e os fogões Que escutaram as orações Dessa primeira payada Na pureza desta aguada Bebem todas gerações. Bebem todas gerações. Subiu a poeira do tombo E a poeira do esquecimento Só uma payada, um lamento Prendeu a voz deste estrondo El cantar siempre es más hondo Si al canto lo carga el tiempo. El cantar siempre es más hondo Si al canto lo carga el tiempo. E aqui estou, e este meu canto Na outra ponta da história Tem muito desta memória E tem de mim outro tanto Da mesma poeira levanto Pra riscar minha trajetória.