Intro: Meu verso não tem costeio mas tem alma de Tahã Cor de cinza e picumã que se perde céu acima Troca de pluma reanima faz ninho empeça postura Chocando alma e lonjura pra descascar uma rima Bis Tem feições de cardo e tuna em meio a campos floridos E nos acordes sentidos com primavera nas mãos Libera a voz da emoção com ressabios e segredos E o que me falta nos dedos, me sobra no coração Deixar rastos e milongas sinais de cascos e esporas É como semear Rio Grande vida à dentro, campo à fora Vida à dentro, campo à fora Int. Meu canto é parte de mim, anda comigo à cavalo Por entre domas e pealos em tropas ou recorridas Com esperanças perdidas e saudades mal domadas Com cicatrizes lavradas dos esporaços da vida Bis Por isso tenho milongas entranhadas no meu ser E poucos hão de entender que meu verso pêlo duro Abre rasto prá o futuro, sesteia em sombras de molhos E guarda luas nos olhos para enxergar no escuro