Todo poema que escrevo nasce do meio do trevo Cresce cheirando a (aleli) É potro de saltar em pelo é tropa donde o sinuelo Só sabe voltar pra ti Cada poema que eu penso é lenha pra um frio imenso Manta de lã encarnada Potro de deixar cinchando é um ponteiro chamando Ao largo da tua morada Desculpa, meu verso é rude nascido em tanta quietude De tanto campo sem fim Potro de levar de tiro ficou da tropa um suspiro Escuta e lembra de mim ( ) A poesia que eu componho dá pasto para o meu sonho Limpa um poço de tapera Potro de pegar no campo o meu aboio é o meu canto Pra te lembrar como eu era Cada poema que eu faço meio filho de mormaço Meio irmão de cerração Potro manso de garupa boiada pra reculuta Extraviada em teu coração Desculpa, meu verso é rude nascido em tanta quietude De tanto campo sem fim Potro de levar de tiro ficou da tropa um suspiro Escuta e volta pra mim Escuta e volta pra mim Escuta e volta pra mim