Meus olhos se perdem longe, cuidando o campo e o gado Por várzeas e coxilhões, entre horizontes dobrados Nos meus olhos razos d´água todo este verde se estende Imagens de encher os olhos que não se compra, nem vende! O campo nos cobra o preço mas dá, em dobro o que tem Verdeja a grama forquilha quando termina o azevém Tem sempre a sabedoria que a natureza não nega Pastorejando os terneiros, que nascem pelas macegas Eu cuido bem do meu jeito pois sei daquilo que falo O campo é quem nos garante bois, ovelhas e cavalos É sua essência de terra que me faz tão bem assim... Eu faço parte do campo e ele faz parte de mim São pontos rubros, no verde, o gado pampa que pasta Eu sou e vivo esta terra, e gostar disso me basta! Hoje meus olhos são mansos, andam no campo sem pressa Conhecem os seus segredos onde termina e começa Por isso que há de ficar pra cada um que virá O amor por estes campos que a gente sempre terá... Pois tem um fato que creio e rezo sempre pra Deus: -Quem tem o campo no sangue, passa esse sangue pra os seus!