Dói-me o baço, dói-me o braço Tropeço e troco o passo Faço o que posso e o que não posso Meço, coço, peso e peço ao Padre-nosso Faço o que posso e o que não posso Meço, coço, peso e peço ao Padre-nosso Pesam-me as pernas, pesam-me penas Patológicas obscenas Faço o que sei e o que não sei Choro, rio, rezo, rogo em vãs novenas Faço o que sei e o que não sei Choro, rio, rezo, rogo em vãs novenas Mas há uma azia que se me cresce Que quando me aparece nada em mim se mexe: É o medo que o meu médico deixe Que eu deixe de ter de que me queixe Que eu deixe de ter de que me queixe Ponho zelo, ponho gelo Dói-me a pele e dói-me o pelo Dói-me um cabelo e outro cabelo A cruz, a cris, o calo e o cotovelo Dói-me um cabelo e outro cabelo A cruz, a cris, o calo, o cotovelo Ai Cristo, ai quisto Minha Nossa o que é que é isto? Que é da crosta que era ali? Que é do quisto que era aqui? Pelo que parece pereci Que é da crosta que era ali? Que é do quisto que era aqui? Pelo que parece pereci~ Mas há uma azia que se me cresce Que quando me aparece nada em mim se mexe: É o medo que o meu médico deixe Que eu deixe de ter de que me queixe Que eu deixe de ter de que me queixe