em dia de romaria desfila o meu vilarejo ainda o galo canta o dia já vai na rua o cortejo o meu pai já está de saída vai juntar-se aquele povo tem velhas contas com a vida a saldar com vinho novo por mais duro o serviço que a terra peça da gente eu não sei por que feitiço temos sempre novo alento a minha mãe, acompanhada de promessas por pagar vai voltar de alma lavada e joelhos a sangrar a minha irmã quis ir sozinha saiu mais cedo de casa vai voltar de manhãzinha com o coração em brasa por mais duro o serviço que a terra peça da gente eu não sei por que feitiço temos sempre novo alento a noite desce o seu pano no alto deste valado o sagrado e o profano vão dançando lado a lado não sou de grandes folias não encontrei alma gémea há-de haver mais romarias das festas de santa de eufémia