Burguesia sai da toca Camionista desemboca À sua sorte Na Via Norte E as donzelas vão a banhos Refrear suores de Agosto E os pinheiros dão de encosto Às donas de outra sorte Cada qual no seu posto As donzelas vão com Deus E as outras dizem adeus À sua sorte Na Via Norte Se um pinheiro nasce torto Outro morre em pé É como é É como é Mas não maldigas a sina Das nuvens de purpurina Que acenam da paragem Nem te orgulhes dos mergulhos Do menino e a sua prima Na piscina da estalagem Não há sorte que endireite Ou azar que entorte Não há fraco forte Na questão de vida ou morte És donzela de soquete Ou megera de corpete Dentro de uma camionete É tudo questão de sorte Qualquer meio de transporte Que leva a qualquer hora À Via Norte À Via Norte Se um pinheiro nasce torto Outro morre em pé É como é É como é