Não me envergonho em dizer que estou na fossa Falar a verdade é um direito que me assiste Não acredito que exista alguém que possa Ficar calado em situação tão triste. Assim ausente de quem amo loucamente Sem piedade a saudade me devora Estou cantando com a garganta simplesmente Mas aqui dentro tudo em mim lamenta e chora. A fossa nasce de uma despedida A fossa é tempestade em nossa vida. Fiquei jogado para as traças do destino E o desatino pouco a pouco me destroça Choramingando tal e qual um pequenino Vou soluçando e curtindo a minha fossa. E o roceiro quando pede chuva mansa O poderoso faz chover na sua roça Por isso fico alimentando a esperança E tenho fé que vou sair da minha fossa. (Refrão) Cifras por Roberto Crescioni [email protected] Bauru, novembro de 2006