Intro: Amigo urso, saudação polar, Ao leres esta, hás de te lembrar, Daquela grana que eu te emprestei, Quando estavas mal de vida, e nunca te cobrei. Hoje estás bem, e eu me encontro em apuros, Espero receber, e pode ser sem juros. Este é o motivo pelo qual te escrevi. Agora quero que saibas, como me lembrei de ti: Conjeturando sobre a minha sorte, Transportei-me em pensamentos ao pólo Norte. E lá chegando sobre aquelas regiões, Vá vendo só quais as minhas condições… Morto de fome, de frio e sem abrigo, Sem encontrar em meu caminho um só amigo. Eis que de repente, vi surgir na minha frente, Bis Um grande urso, apavorado me senti. E ao vê-lo caminhando sobre o gelo, Porque não dizê-lo, foi que me lembrei de ti. Espero que mandes, pelo portador, O que não é nenhum favor, estou te cobrando o que é meu. Sem mais, queiras aceitar um forte (amplexo) abraço Deste que muito te favoreceu. (Eu não sou filho de judeu, Dá cá o meu.)