Intro: Lá no meu cassino, tipo mal acabado, desengonçado pela ventania Lá não cessa o vira-baixo noite e dia, dando trabalho à delegacia Se o otário ganha, vai sair daquele jeito, Porque entre malandros isto é falta de respeito Tem peteleco, teco-teco, solinjada Quando a jungusta chega nunca houve nada Aqui são todos camaradas - Pode entrar, doutor. A casa é sua. São estivadores, trabalhadores da borracha - Na ronda sou rei, vou lhe explicar porque falei, Muito considerado, escutem só o meu babado… Mata, tripa, esfolha, e assim fico Esperando o freguês, porque o otário não tem vez. Tenho um bom golpe, e no baralho Conheço todos os cortes. Não admito Que algum Vargulino vá lá no meu cassino Soltar o fricote - Eu pulo logo no cangote Tenho bons parceiros, sempre cheios de dinheiro No meu famoso cassino, lá também dá bom grã-fino. Promovo a bebida, e no final da partida O otário é quem perdeu, e quem ganhou tudo fui eu. Tenho licença, faço e desfaço tudo com inteligência. Tenho um criado, que fica a noite inteira no alto da pedreira fazendo o sinal: “Fiiiii - Corre pessoal! E vem a turma da Central!” Que quando chega baixa o pau.