Intro: Um dia, sonhei um porvir risonho E coloquei o meu sonho Num pedestal bem alto Não devia e por isso me condeno Sendo do morro e moreno Amar a deusa do asfalto Um dia, ela casou com alguém Lá do asfalto também E dizem que bem lhe quer E eu, triste boêmio da rua Casei-me também com a lua Que ainda é a minha mulher É cantando, que carrego a minha cruz Abraçado, ao amigo violão E a noite de luar já não tem luz Quem me abraça, é a negra solidão É, é, é, eeé, cantando, que afasto do coração Esta mágoa, que ficou daquele amor Se não fosse o amigo violão Eu morria de saudade e de dor...