Izidoro, mulato nasceu Escravo do frei Rangel Era um hábil minerador Faiscador de lavras Senhor Preso como contrabandista Trabalhou para a Extração Ludibriou a guarda Real Escapou da escravidão Liberto se fez garimpeiro Cinquenta se foram com ele Um Quilombo então se formou La se escondeu e se firmou Profundo conhecedor Das jazidas do Jequitinhonha Disfarçava no Tijuco Pra vender diamantes de manha O intendente Joao Inácio Apelou por alta recompensa Izidoro adorado por todos Se abrigou em sua permanência O tal Câmara armou batidas Tocaias e emboscadas Espalhou patrulhas armadas Pra pegar o Izidoro de vez Usou de chantagem e ameaça Aos seus corrés para entregar Um dos companheiros o traiu Confiando a questão fez calhar Izidoro enfrentou a tocaia Com três tiros caiu ao chão Foi espancado ainda ferido, Cessou sua atuação Amarrado a um cavalo Entrou preso o Izidoro No tijuco ensanguentado Em silencio foi torturado Foi surrado por três dias Extrema unção procissão proferiu Ao Negro herói do Tijuco Nosso mártir se sucumbiu Até hoje não se sabe aonde O tesouro ele enterrou Dizem que é lá na serra Mas ninguém nunca o encontrou