Mateando a sede do pago Na sonolência das margens Sobre um espelho de imagens Passa o rio tranqüilamente Estrada clara de seiva Lua de estrelas prateado Onde peleia o dourado Na boca dos espinhéis (Peregrino dos caminhos No rumo dos horizontes Adeus no calor dos ninhos Acena o sonho dos montes Meu corpo, barca perdida Entre canções despraiando Passando no rio da vida Vagando, sempre vagando) Debruça em sono a barranca deslisa a balsa sonhando Por entre nuvens rogando Mistérios dos aguapés Nunca retorna ao caminho Desmaiado em suas ânsias Mergulha pelas distâncias Sem saber bem o que quer (Meu corpo, barca perdida Entre canções despraiando Passando no rio da vida Vagando, sempre vagando Peregrino dos caminhos No rumo dos horizontes Matando a sede da terra Vivendo a sede de andar)