Era tropeiro bom de laço e domador Peão de estância, esquilador e alambrador Porém achou que lhe faltava liberdade Tirou a pilcha e se borneou para cidade Chegando lá, não encontrou colocação Não tinha vaga pro seu ofício de peão Quebrou a cara mas não quis voltar atrás Lembra do campo e sente a falta que lhe faz Mas, peão campeiro (Ponha o pala e bate as asas Monta num trem e volte à trote para casa Bis Que a liberdade é um cavalo em campo aberto Prá quem volta o tempo voa, o longe é perto) Int. Se arremangou e para não cair de fome Hoje é ginete de cidade e doma andaimes Mas quase morre de saudade e desconsolo Pois pelas obras é tropeiro de tijolo E na janela num barraco de favela Mateia triste sobre a xucra luz da vela Então se lembra do seu rancho e do galpão E passa as noites gineteando o coração ( )Int.