Int.: Ando a cavalo na sorte, sem norte sem adereço Não negocio com a morte, porque a vida não tem preço Eu sei que um dia me vou, mais ainda é muito cedo Tenho potros prá domar, na província de São Pedro -------------------------------------------------- Gineteando talvez morra na desforra de amansá-los Minha vida é uma gangorra no lombo desses cavalos Minha vida é uma gangorra no lombo desses cavalos -------------------------------------------------- Int. Lá nos vamos campo afora corcoveando ao Deus dará Quanto mais lhe cravo a espora mais corcovia o bicho dá Beija o céu cutuca o chão que sobe e desce danado É triste a vida do peão no lombo dum aporreado Int. No lançante morro abaixo a morte me pisca o olho É aí que um índio macho coloca a barba de molho Aposto tudo na sorte nesta disputa renhida O diabo amadrinha o morte mas Deus me protege a vida