Noite fechada de estrelas, um manto azulado ao fundo Parece encilhos celestes, no manto santo do mundo Uma saracura grita, ali na costa do mato Perto de uma cruz atada, com lenço de maragato Na peiteira do tordilho, brilha a luz de um pirilampo Parecem flores de luz, desabrochando no campo Os grilos vão milongueando, junto ao ipê veterano Que guarda ninho e gorjeios, na memória dos minuanos (Sou um campeiro do Rio Grande Acordo ao cantar dos galos Bis E por onde quer que eu ande Ando sempre de à cavalo) Int. Manoteando o céu da sanga, o pingo escarcelha e rincha E um luzeiro de cristais, escorre na água da cincha A Dalva acorda o tropeiro, um boi se baba mugindo Saltando um fio luminoso, desfiando prateireirismo Uma cordeona gaúcha, num céu campeiro de luz E eu vejo Deus de a cavalo, nessas querências do sul No fogo a cambona chia, mateando faço uma prece Mil graças velho Rio Grande, por tudo quanto me destes ( )Int.