Intro: Me cansei de patacoadas E fandango sem rodeios Tardes de falsos campeiros E montão contra o confreio Chega de brutalidades De rasgar cavalo ao meio Porque cavalo e gaúcho Desta pátria são esteio Quem sou eu sem meu cavalo O que será dele sem mim Talvez dois seres perdidos A vagar pelo capim Quem sou eu sem meu cavalo O que será dele sem mim Porque quando morre um cavalo Morre um pedaço de mim ( ) Nunca se monta num potro Sem antes amanuncia-lo Parceiro a gente conquista Não prende a força de piago Tem que respeitar o amigo Que nos serve de regalo até nossa independência Foi feita sobre o cavalo Quem sou eu sem meu cavalo O que será dele sem mim Talvez dois seres perdidos A vagar pelo capim Quem sou eu sem meu cavalo O que será dele sem mim Porque quando morre um cavalo Morre um pedaço de mim ( ) Um gaúcho sem cavalo É um arreio sem estribo É igual a um pajé solito Sentindo a falta da tribo É mutante sem destino Que não acha lenitivo É um ser sem ideal Que não honra o chão nativo Quem sou eu sem meu cavalo O que será dele sem mim Talvez dois seres perdidos A vagar pelo capim Quem sou eu sem meu cavalo O que será dele sem mim Porque quando morre um cavalo Morre um pedaço de mim ( ) Quem sou eu sem meu cavalo O que será dele sem mim Talvez dois seres perdidos A vagar pelo capim Quem sou eu sem meu cavalo O que será dele sem mim Porque quando morre um cavalo Morre um pedaço de mim ( )