Vou contar de uma bailanta que existiu no meu pontão Indiada do queixo roxo que nunca froxou o garrão Vinho curtido em barril e cachaça de borrachão Int. Os gaiteiros que eram buenos davam a mostra do pano O Carlito e o Dezidério o Felicio e o Bibiano Cambiando com o Juvenal num velho estilo pampeano Int. Dona china passou ruge ajeitou bem o cocó Cruzou o jaguapassô lavou os pés no jaguassengó Na bailanta do tibúrcio balanceava o mocotó Int. Lembranças que são relíquias dos meus tempos de guri Os pares todos bailando coisa mais linda eu não vi Um agarrado no outro pra mode de não cair Int. E lá pela madrugada bem na hora do café Dom Tibúrcio mestre sala gritava batendo o pé Agora levanta os home para comer as muié Int. Milho assado era o catete plantado de saraqüá Feijão preto debulhado a bordoada de manguá {B}óia melhor do essa lhes garanto que nao há Int. E lá no velho pontão linda terra de fartura Queijo, ambrosia e melado bolo frito e rapadura Batata deste tamanho e mandioca desta grossura Int. Mas que tempo aquele tempo que se vivia feliz Só a saudade restou lá no garrão do país Da bailanta do tibúrcio vertente, cerne e raiz Int. _______________________________________________________ Contribuição: Felipe Martini Martina([email protected])