Meu riso é grande, não cabe em mim Minhas mãos são grandes, te aplaudem assim Meu peito é grande, ninguém quer brincar Meus pés são grandes, no mesmo lugar Mesmo lugar Meu olho é grande, meu mundo é maior Meu braço é grande, já me dei um nó Meu sonho é grande, não quero acordar Meu riso é grande, ninguém quer brincar Quem quer brincar? / Quem é que nunca sentiu que o mundo é um gigante E achou que era fraco, e se achou / Quase um rato e que o gato Era o mundo, um gigante malvado e / Quem é que coitado n'olhava pra cima Esperando a porrada, o cacete, o esporro, A mijada, a espora, o facão? / Quem é que nunca arregou, nunca teve paúra E será que alguém jura que nunca tremeu de pavor, De terror, de vertigem, de altura (oh! que tava no chão!), E quem é o machão que não teve surpresa de ser humilhado / igual feio na festa e menino mijão? / Presta atenção! / Quem não perdeu a atenção dos seus pais Quem não foi encarnado depois de uma queda / Ou porque era vesgo ou porque era torto / Ou se o avô já tá morto, se sente sozinho Ou porque é menorzinho ou porque é bobalhão É pereba ou otário? E olha presta atenção! / Quem não levou uma surra, perdeu um horário Quem é que jamais teve um sonho esmagado Ou sofreu uma ofensa do melhor amigo e quem É que agora concorda comigo esse mundo é um gigante E a gente é anão? / A gente é anão! / Presta atenção, presta atenção Meu olho é grande, meu mundo é maior (Mun..............do gigan.......te) Meu braço é grande, já me dei um nó (doi..........do mun....do) Meu sonho é grande, não quero acordar (Quem não sen........te) Meu riso é grande, ninguém quer brincar (me...........do quan.........do) Quem quer brincar? (ven.........ta?) Quem quer brincar?