Aqui fala um tranqüilo violeiro Astuto e matreiro Perambulante pelas ruas da cidade ex-maravilhosa Aqui fala um artista iniciante Que buscou na dissonância do acorde A expressão da melancolia Aqui fala um poeta que tem raça Carregando pela rua essa vontade De que o povo me escute E que aplauda o que eu sinto Mesmo que não seja lindo, é sincero E vocês vão ter que ouvir com atenção Pois aqui fala uma fera que agride com seu canto E traz poeira na fachada E quem quiser me desafie Que eu não tenho muito medo De quem treme num sorriso Mas respeito quem entende E aceito o desafio De ser livre e andar perambulante E largar os compromissos Velhas coisas que quiseram me contar Mas eu não quis ouvir