Numa tarde cansada de outono Quando o sol se escondeu no horizonte Ao ruído infantil de uma fonte eu me pus a pensar em você Em você que se sente tranquilo Quando põe seu olhar nas estrelas E de tanto contá-las e vê-las Já não sabe se crê ou não crê Eu conheço as milhões de perguntas Que você que falou que não crê E que diz que só crê no que vê Todo dia pergunta pra Deus Eu conheço as milhões de respostas Que ninguém tem coragem de dar Quando a vida nos vêm questionar Como vê: Somos todos ateus Numa tarde tristonha de inverno Retornei ao murmúrio da fonte Não havia mais sol no horizonte Eu me puz a pensar nos cristãos Nos cristãos que se sentem tranquilos Quando põem seu olhar nas estrelas E de tanto contá-las e vê-las Nunca mais põem os olhos no chão Eu conheço as milhões de respostas Que esta gente que fala que crê Mas não houve não pensa e não lê Não responde por medo de Deus Eu conheço as milhões de perguntas Que os cristãos nunca ousam fazer Pois terão de se comprometer Como vê: Somos todos ateus