(intro) Prisioneiro do silêncio, assim nasceu Inocêncio, sem alma e sem coração Nem sabe ao certo o que espera de braço aberto Seu interior é deserto e os pés fincados no chão seu açoite esquecido dia e noite, condenado a solidão Sofre calado, cabisbaixo encimesmado Chapéu e poncho surrado e os pés fincados no chão (Velho Inocêncio, Inocêncio velho, teu vazio já não espanta (bis) Velho Inocêncio, Inocêncio velho, só se colhe o que se planta) ( ) Por toda vida o tempo lhe deu guarida, cultivando a plantação Cara judiada dois olhos de ver o nada Vai cumprindo sua jornada, e os pés fincados no chão Seu sobrenome com a quietude se consome, junto as horas de trabalho Nem sabe ao certo, o que espera de braço aberto Seu interior é deserto por ter nascido espantalho (intro)