Eu venho lá da fronteira com as quarenta na mão Para ensinar-lhes o truco nos versos desta canção Quando se joga “de mano”, ou seja, só entre dois. Quem corta sempre é o mão, pra dar as cartas depois. Pra começo de conversa veja se tem pro primeiro Agregando vinte pontos com duas do mesmo pêlo. É Envido! Não facilite, vinte e nove é morredor Se for três do mesmo naipe, diga um verso e cante: FLOR! Joga-se muito entre quatro, famoso jogo de dupla É bom que quem joga pouco tem sempre em quem por a culpa Espadão e Ás de basto, sete de espada e de ouro. As quatro que “não se empardam” e não levam desaforo Os três e os dois em seguida, os Güeime* e o valente rei Pra esse nunca se mente e isso no truco é lei “Uma perninha é mutuca, sempre tira boi do mato” Com Manilha meta “TRUCO!” dispare do “Vale quatro”... Meia dúzia de parceiros 12 “tento” é a virada Na testa ninguém se empresta e quem chama é o pé na rodada Primeiro se aprende as regras, depois se aprende a mentir Se cuidem dos Calaveiras que eles andam por aí Fica o último recado deste gaucho payador Quem tiver azar no jogo está com sorte no amor Façam seus jogos senhores quem se arrisca aprende a manha ) (Como é no truco é na vida Quem não aposta não ganha...)