Intro: () Tem dias que a gente se sente um pouco talvez menos gente Um dia daqueles sem graça de chuva cair na vidraça Um dia qualquer sem pensar sentindo o futuro no ar O ar carregado, sutil um dia de maio ou abril Sem qualquer amigo do lado. Sozinho em silêncio calado Com uma pergunta na alma por que nesta tarde tão calma o tempo parece parado? Está em qualquer profecia dos sábios que viram o futuro Dos loucos que escrevem no muro, das teias, do sonho remoto Estouro, explosão, maremoto, a chama da guerra acesa A fome sentada na mesa, o copo com álcool no bar Um anjo surgindo no mar, os selos de fogo, o eclipse Os símbolos do apocalipse, os séculos de Nostradamus E a fuga geral dos ciganos, está em qualquer profecia ) que o mundo se acaba um dia Um gosto azedo na boca, a moça que sonha, a louca O homem que quer mas esquece o mundo do dá ou do desce Está em qualquer profecia que o mundo se acaba um dia Sem fogo, sem sangue e sem ais. O mundo dos nossos ancestrais Acaba sem guerras mortais, sem glórias de mártir ferido ) Sem estrondo, mas com gemido Os selos de fogo, o eclipse, os símbolos do apocalipse A fuga geral dos ciganos. Os séculos de Nostradamus ) Está em qualquer profecia que o mundo se acaba um dia...