Pobre de quem nunca espreitou um passarinho Nem lavou na cachoeira algum cansaço alguma dor Pobre de quem nunca abriu uma cancela Nem viu o sol na janela esquentando o cobertor A vida vale à pena a vida é um feitiço A alegria é o compromisso pra se encontrar o amor E a lua assanha nossa sina violeira ( Passamos a noite inteira vendo as estrelas no céu E um homem simples que conhece a natureza ( Acostumou-se à beleza vive disso e é feliz Banho de rio e a sombra fresca da mangueira Criação lá na cocheira aquele baio marchador Quando a semente se transforma em alimento Eu digo nesse momento meu planeta meu amor Pra quem conhece os ventos e as estações do tempo É possível ir caminhando ao gosto do coração Só o espírito e a alma sertaneja ( Nos permite que assim seja um tipo de emoção E um homem simples que conhece a natureza ( Acostumou-se à beleza vive disso e é feliz