Mais uma família destruída pelo crack Invasão americana no Iraque Novo ataque de uma entidade criminosa E uma mãe arranjou tempo Para mostrar ao filho a rosa! Mais um ônibus incendiado Outra morte na saída de um estádio A vida na metrópole tão fútil e perigosa E aquela mãe arranjou tempo Para mostrar ao filho a rosa! O menino então cresceu Achando a vida muito mais gostosa Eu não diria um (alienado), e sim alguém que aprendeu Que, embora só exibam o feio, a vida é sim maravilhosa Corrupção, que já criou raiz Está instaurada a ineficácia dos serviços no país A escola em que a (errada) é a criança estudiosa Mas a mãe ainda insistia em mostrar ao filho a rosa Segue à caça pelo Ibope, a tal da imprensa marrom Nos falantes de automóveis, ruim a música, alto o som E a tal mãe merecedora até de uma menção honrosa Apontando para o filho a beleza de uma rosa! Hoje a mãe vela o seu filho, numa cabine ali do Vila Formosa , vendo as flores das coroas, triste sim, mas orgulhosa O menino padeceu à luz do dia (Quanto à autoria? Nada há de misteriosa!) Nas mãos de um outro menino Ao qual, nunca exibiram uma rosa