Intro: Minha raiz está no bairro em que eu morava Lá deixei minha pegada e muita história pra contar Nesse lugar em que eu vivi na adolescência Eu vi que a vida é uma ciência pronta pra se revelar Havia mato, havia moro, havia mangue, pra muito além do horizonte se via braço de mar Era de arreia o asfalto da minha rua Aonde á tarde a molecada se juntava pra brincar Sou do Bugio, sou de Aracaju Sergipe Sou do mangue que resiste, sou do berçário do mar Sou brasileiro, sou latino-americano Sergipano do Bugio, nordestinaracajuano Quem não se lembra da lagoa, da prainha Nossa bela princesinha onde a gente ia nadar Tinha viveiro, siri que dava no mangue Camarão pequeno e grande e muito peixe pra pescar Lembro da ilha, me lembro do rio do sangue Onde a vida lá no mangue era coisa tão comum Por onde a gente atravessava pro outro lado Pra pegar cajá no mato, caranguejo e guaiamum (refrão) Lembro da brisa da praça Oswaldo Mendonça Onde fica o monumento marco zero do lugar Eu fecho os olhos e vejo o Francisco Rosa O mercado, o G.Barbosa e o barracão seu Oscar De frente a igreja, sento no bar paulistano Seu Elísio ta chamando doido pra me ver tocar Espero um pouco seu Duduca ta chegando A missa tá terminando e forró vai começar (refrão) Lá vem seu Jaíme trazendo sua sanfona Denys Benn tira uma onda, Dunha também vai tocar Macio Miami vai fazer o seu arrocha, Plebeu Jaó também toca e chamou Dílton pra cantar Esse é meu bairro, esse é meu povo, é minha gente Gente do bar, do batente, nordestino, sergipano São brasileiros, são latino-americanos, sergipanos do Bugio Nordestinaracajuanos