Bênção mãe, que eu quero existir tal flor do café Cantos que ainda passam por aqui na voz de mulher Meus femininos desejos são como gênios que não sabem inventar Essa função de existir e jamais se saber não me caberá Essa função de existir, existindo pra quê, não me saberá Que eu sou bem mais a mãe Eu pouco fui meu pai E a quem negou seu amor Dou meu amor, dou meu amor, dou meu amor Tal qual se escreveu Quem nos inventou esqueceu de nós Dentro do meu canto feminino É que moram meus segredos Eu aceito o meu destino Eu não sei perder o medo O talento genuíno de existir como se quer Dentro do meu canto feminino Onde moram meus desejos Eu aceito o meu destino Eu existo e não percebo Minhas pernas de menino nos meus passos de mulher