Como se arrasta por cá agora a vida A felicidade antiga deu lugar a flor sem semear Junto às memórias que vinha cultivando A beleza foi calando sem saber por onde se espelhar Foi fazendo frio em desacordo com o que havia em torno Da cabeça e dos pés Meu silêncio e teus mil decibéis Escrevi cartas pra minha alforria Ora noite, ora dia. Eu não tinha mais por que chorar. O tempo ia passando em lado oposto Tanta vida e eu quase morto de viver assim pra te esperar Outros que, também desiludidos, não estavam tão perdidos Feito eu, jogado ao léu Teu orgulho frio de coronel. E a respeito de amar, te cabe lembrar Que eu odiei teu medo até o fim Mas parte de mim, querendo voltar Se machucou até não suportar Difícil é dizer que vou resistir até te esquecer