Um coração hospitaleiro deve ser aberto E a grande cicatriz no peito é de homem inteiro. Teve na boca a palavra, nas mãos calçadeira, Que andar junto aos pés do Homem é coisa cimeira. Pré-Refrão: Foi assim Armelim. Ainda que estranho, era o nome de um homem honrado. Armelim não tem fim Há nomes tão fortes que a morte só leva emprestado. E severo quando ser severo, é ser-se acertado. Tão reto que um fio de prumo fica embaraçado. Deu aos seus braços a forma de quem abriga, Deu o seu lugar a todos, menos à fadiga. Vestiu os pés de toda a vila, Mas vestiu também o chão Com essas grandes pegadas do seu coração. Pré-Refrão: Foi assim Armelim. Ainda que estranho, era o nome de um homem honrado. Armelim não tem fim Há nomes tão fortes que a morte só leva emprestado. Solo Ele só tinha um sobrenome mas bem o dizia Quando alguém lhe perguntava a quem ele servia. Chegou-me esse nome por sangue materno, mas também pela opção de ir pelas mesmas pegadas que aquele coração. Pré-Refrão: Foi assim Armelim. Ainda que estranho, era o nome de um homem honrado. Armelim não tem fim Há nomes tão fortes que a morte só leva emprestado.