Introdução: Tá vendo aquela nebulosa lá no céu azul Brilhando com a intensidade de milhões de sóis É o carregador celeste dos caminhoneiros Anjos da estrada, antigos pioneiros Quando chega a noite ligando os faróis. Escute aquela trovoada que antecede a chuva É o ronco dos trucões lotados cantando pneus A carga de estrelas brilhantes nas lindas carretas É a luz dourada formando cometas Fieis motoristas nas missões de Deus. Esta é minha homenagem aos motoristas De mãos calejadas, coração de artistas Que enfrentaram lama, veredas e trilhos Pilotos de peito de aço e bons estradeiros Quem tem puro sangue deixa bons herdeiros Feito uma doença contamina os filhos. Tá vendo aquela cor vermelha no entardecer E os raios faiscando o espaço entre mil trovões É a poeira de um comboio lá no firmamento E o fogo e as centelhas nos escapamentos No acelerado dos seus caminhões. Caminhoneiro quando acaba jornada da vida Vai ser outro caminhoneiro em outra dimensão Deixa seu filho pra ser um outro rei do asfalto Assume o volante na estrada do alto No azul infinito da imensidão.