RODA MORTA Intro: O triste nisso tudo é tudo isso . Quer dizer, tirando nada, só me resta o compromisso Com os dentes cariados da alegria . Com o desgosto e a agonia da manada dos normais O triste em tudo isso é isso tudo . A sordidez do conteúdo desses dias maquinais E as máquinas cavando um poço fundo . entre os braçais, eu mesmo e o mundo dos salões coloniais Colônias de abutres colunáveis . Gaviões bem sociáveis vomitando entre os cristais E as cristas desses galos de brinquedo Cuja covardia e medo dão ao sol um tom lilás Eu vejo um côco verde no meu fraque . E as moscas mortas no conhaque que eu herdei dos ancestrais E as hordas de demônios quando eu durmo . Infestando o horror noturno dos meu sonhos infernais Eu sei que quando acordo eu visto a cara falsa e infame . como a tara do mais vil dentre os mortais E morro quando adentro o gabinete Onde o sóciO o e o alcaguete não me deixam nunca em paz O triste em tudo isso é que eu sei disso Eu vivo disso e além disso eu quero sempre + e +