A cruz no chão, ao seu lado o carrasco martelo na mão Olhando os pregos e a multidão sentiu grande vazio no seu coração Pegaram o Mestre, deitaram sobre a cruz, abriram seus braços, não viram sua luz Juntaram seus pés chamaram o carrasco e ele se achegou, e ao lado do Mestre se abaixou E o martelo subiu, subiu, subiu... Sobre os pregos desceu, desceu, desceu... E bateu, bateu, bateu, bateu, bateu Ergueram a cruz, lá estava pregado do mundo a Luz Nenhum gemido sequer soltou, todos viram em seu rosto a marca da dor Seu sangue jorrava batendo no chão, viu em todos os homens a ingratidão Mas não se irou, pediu ao Pai perdão e o Pai perdoou, entregou seu Espírito e chorou Sua cabeça tombou, tombou, tombou... sobre o peito caiu, caiu, caiu... E morreu, morreu, morreu, morreu, morreu Tudo silêncio, nem as aves cantavam nenhum som se ouvia Maria olhou, a tumba vazia. Mas ninguém se lembrou que era o terceiro dia A tampa do túmulo estava caída, meu Mestre já tinha voltado à vida "Onde está o meu mestre" - gritava Maria, "quem O escondeu"? Uma voz conhecida se fez ouvir: O que procuras Maria? Eis-me aqui, eis-me aqui! Ao teu lado estou, estou, estou! Estou vivo, estou vivo, estou vivo, estou vivo, vivo estou!