Introdução: Cinzeiro amigo velho pedaço de bronze Tu guardas cinzas dos cigarros que eu fumei Cinzeiro amigo não fala, não é indiscreto Me ouve fica bem quieto não conta às vezes que eu chorei Este cinzeiro, meu amigo que eu te falo É quem disfarça a minha triste solidão Juntinho dele é que procuro esquecer De quem magoou o meu pobre coração Cinzeiro amigo em cada ponta de cigarro Reprisa a história tirada do peito meu É um romance de tristeza e amargura Que estou sofrendo por alguém que me esqueceu Int. Cinzeiro na expressão mais comovida Meu companheiro das noites que não tem fim Quando a fumaça pelos ares vai se perdendo Estais sabendo que ela já esqueceu de mim Talvez um dia ela lembre com saudades Deste infeliz que te amou e abandonaste E este crime tu vai ter na consciência Que o meu amor era só teu e tu mataste Cinzeiro amigo nas horas que estou mais triste E os restos de cigarro tu vai acumulando Ela talvez um dia acumule a tristeza Bis E vai falar neste cinzeiro soluçando