Intro: A minha sorte foi tirana e a desdita, Estou sofrendo por amar quem não me quer, Isto acontece para o homem que acredita, Que existe amor no coração de uma mulher. Por mais que eu queira esquecer o meu passado, Meu sofrimento é viver pensando nela, E os amigos só pra me ver magoado, Quando me encontra vem me dar notícias dela. Só tenho a rua e as bebidas como herança, Essa mulher me deu este maldito prêmio, E hoje dela só me resta uma lembrança, A torturar a minha alma de boêmio. Embriagado, passo às noites pelas ruas, Ninguém tem pena deste meu triste viver, Olhando o céu quando contemplo a luz da lua, Me representa, sua imagem aparecer. Foi o desgosto que atirou-me nesta vida, Abandonado e renegado pelo mundo, Eu vivo sempre naufragado na bebida, Tornei-me apenas um boêmio vagabundo. Perdi amigos, perdi tudo que já tive, altas noites, só o sereno me abraça, Essa mulher na mesma rua ainda vive, Bebe com outro, a brindar minha desgraça. (Declamado feminino) - (Se hoje vives maltrapilho pela rua, a culpa é toda sua, não soubestes me conservar e por vingança, hoje eu nesta taça a brindar sua desgraça na mesa deste bar). ( Masculino) (Segue, segue bebendo que eu continuo vivendo assim. E quando chegar o meu fim, que eu partir desse mundo, hás de lembrar com saudade, que foi pra eternidade, teu boêmio vagabundo). Foi o desgosto ...