(intro) Foi na festa da fazenda, do seu coroné jojoão Que eu conheci minha Rita, formosa como um botão Seus olhos preto me olharam, senti meu corpo a tremê Não foi priciso mais nada, pra nois dois se compreendê (declamado) Como eu era cantadô afamado do sertão Logo todos me pediram a saudade do Matão Neste eu mundo choro a do Por uma paixão sem fim (declamado) Num canto a Rita chorava, fui logo saber porque Não é por nada responde, é de orgulho de vancê. Sempre gostei de ser livre, levando a vida a cantar Mas ali mesmo com a Rita, eu combinei me casar Mas Deus não quis que assim fosse, não quis vê a nossa alegria Uma semana depois, a minha Rita morria. (declamado) E no seu leito morrendo, apertando minha mão Me pediu; cante baixinho A saudade do Matão. Neste eu mundo choro a do Por uma paixão sem fim (declamado) Não pude mais continuar Embaçaram os olhos meus Olhei chorando pra Rita Ela já estava com Deus. E hoje sempre que escuto, a saudade do Matão Parece que eu vejo a Rita, deitada no seu caixão Toda vestida de branco, como querendo dizer Não foi nada vou contente, orgulhosa de vancê