Intro: O vento varre as velhas ruas da nossa linda capital, o vento leva o barco ao longe e arrasta as folhas no quintal, pois ele sabe que é outono e à tarde traz o seu sinal, desenha um universo novo nas nuvens brancas do varal. O vento sobe uma colina assobiando uma canção. Ele atravessa uma avenida, depois da antiga estação. O vento desce uma ladeira, abraça o velho casarão, depois visita uma favela e alegra um triste coração. Quem sabe de onde vem o vento? Quem sabe para onde vai? Assim é todo o que é nascido Do Eterno Espírito do Pai. O vento corta as verdes ondas do nosso belo e imenso mar, espalha flores e aromas, faz a floresta se agitar. O vento traz um pensamento ao escritor a meditar, levanta o leve passarinho no seu desejo de voar. Quem sabe de onde vem o vento? Quem sabe para onde vai? Assim é todo o que é nascido Do Eterno Espírito do Pai.