Na beira do rio De margem rasa, de argila amarela Aonde eu canto mil modas pra ela Do lado de lá do rio ela mora Do lado de cá, violeiro que chora Ai ai ai Na beira do rio O sol se põe, anoitece o sertão Deixo baixinha a luz do lampião A luz da janela dela se acende É nessa hora que a viola se rende Ai ai ai Na beira do rio Você, morena, vai me ver passar Um dia, diante dos olhos seus Minha viola canoa será E meu olhar triste, um simples adeus Adeus, morena bela Adeus, sofrer Adeus, barranco velho, até mais ver O seu desprezo, morena, secou meu querer Espero que a solidão não seque você