Vestes a luar E tens o olhar sereno Eclipsas o sol Que há em ti ardendo Preciso falar-te Contar-te há tempos Tú pensas ganhar-me Mas estás me perdendo Eu varei noites pensando: Não sou teu brinquedo Indecisão até vai (juventude vivemos) Mas assim já é demais É puro veneno Se há um vívido ardor Que manténs em segredo Céus! Qual é a senha de onde tú guardas tua cor setembra? Sei ser só um disfarce o julino modo como ages Nâo tem nada a ver, nem tem mesmo porque Vem dezembrar, vem janeirar comigo, reafirmo: Teu abril da vida tarda a chegar.