Era uma noite Uma noite qualquer Nada mais do que uma noite Uma poesia entrou de vez pela janela E nem pediu licença Nem perguntou se os seres humanos sabem suportar o peso dos seus erros Quisera fosse um pássaro cativo Pudesse cantar preso, forte e altivo E sonhar com o Trem da Saudade Sem desilusões E fosse cheio o seu cantar, aberto Vazio de ingratidões Aí quem sabe pudesse bater as asas da noite de outro ninho Viver em conjunto, mas sem viver sozinho