Introdução: Paineira velha abandonada lá na estrada do meu sertão Eis uma história do meu passado que está guardada no coração Te conheci, eras pequena, em meio ao mato, onde nasceu E todas as tardes eu te regava e assim depressa você cresceu Paineira velha, na tua sombra, com minha amada, fui tão feliz Colhendo as flores que voce dava, mas o destino assim não quis E numa tarde voce murchou e o passarinho emudeceu Fui no seu tronco só encontrei o nome dela e um adeus Paineira velha, daqueles tempos já se passaram muitos janeiros Ainda és tão boa tua sombra amiga hoje é pousada dos boiadeiros Já não existe mais o terreiro e o meu ranchinho cipó cobriu A SUA CASCA CRESCEU DE NOVO E O NOME DELA TAMBÉM SUMIU Paineira velha, fiel amiga, nossos destinos são sempre iguais Se estou contente, voce floresce, quando eu padeço, suas flores caem Nascemos juntos, paineira velha, vamos morrer nessa união De vossos galhos quero uma cruz, de sua madeira quero o caixão