Introdução: Entro na condução e vou pra cidade tão logo o dia esteja eu estou também Vou pra repartição repartir a vida na lida batida na contramão de tudo A hora do almoço é a do sanduíche em pé eu sou aquele lá no balcão Dentro da lanchonete eu penso na vida e mastigo o sonho com gergelim, viajo Eu crio asas sobrevôo essa cidade e de repente o que era asfalto vira chão Eu vejo rios e montanhas, passaradas e vejo luz e vejo o céu e bebo ar Eu sei que eu sou demasiadamente urbano mas qualquer dia isso tudo vai mudar Eu crio asas...isso tudo vai mudar A tarde é fria e hoje em São Paulo chove roncam motores, sirenes e trovões Às vezes é tão triste a chuva caindo e uma lágrima alaga o meu olhar, vou indo Entro na condução no final do dia o mesmo rumo a mesma situação Vou pela marginal e é chegar em casa e o Jornal Nacional me dá boa noite e eu durmo Eu crio asas...vai mudar (duas vezes) até o fim. _____________________________________________________ Cifrado por Max Gasperazzo ([email protected])