(Composição: Carlos Thiago) Eu estou sentado na porta do edifício atento olhando o rosto de cada cidadão Mas que coisa engraçada eles parecem ter estampado no rosto um cifrão Eu estou sentado na porta do edifício e como é difícil a gente poder entender Que cada um daqueles que passam se consomem e se arrebentam sem saber Mas e daí Mas mudando de conversa do concreto pro guaicambu Você já sentiu de perto a peleja de um cafuçu? É, é aquele que vive lá no mato Te sustenta e permite que você escolha o seu menu É aquele que na hora do amor não faz um cafuné Pois a mão calejada pode arranhar a mulher E que ao invés da gravata o suor lhe estampa o rosto pra o que der e vier... Mas e daí? Se eu não tenho nada com isso cada um sabe o que fazer... E daí? Se eu não tenho nada com isso cada um sabe o que fazer... É, e daí? Mas o distinto deve estar de acordo com isso tudo O dinheiro, o carro, a sociedade te põe cego e surdo Mas não fique aborrecido porque você não é o único tarado nesse engraçado mundo E eu continuo sentado na porta do edifício e entendendo agora porque este mundo é um lixo E com a vontade de mandar todo mundo praquele lugar Mas ela diz que eu ainda não posso falar... Mas e daí? Se eu não tenho nada com isso cada um sabe o que fazer... E daí? Se eu não tenho nada com isso cada um sabe o que fazer... É, e daí? Se eu não tenho nada com isso cada um sabe o que fazer Mas salve! Você moço americano, americano do hemisfério sul Moço americano ouro verde sobre o azul, moço americano, americano do sertão Moço, meu sustento monumento de um chapadão. E daí? E daí? Mas e daí? Se eu não tenho nada com isso cada um sabe o que fazer... É, e daí? Se eu não tenho nada com isso cada um sabe o que fazer... É, e daí? Se eu não tenho nada com isso cada um sabe o que fazer... É, e daí? ___________________________ Cifrada por Max Gasperazzo.