Introdução : Quando o mar se revolta os peixinhos pulam Mergulham velozes cortando as espumas Os barcos veleiros resvalam nas brumas E as verdes palmeiras nos ares tremulam As águas se abraçam as brisas osculam Os tortos coqueiros que oscilam no ar O vento marítimo procura pegar A força das ondas que ora se agitam Enquanto navios aflitos apitam Deixando naufrágios na beira do mar Oh! Beira-mar! Oh! Beira-mar Galope só é bem feito quando é feito à beira-mar Oh! Beira-mar! Oh! Beira-mar Galope só é bem feito quando é feito à beira-mar Paquetes sem luzes, navios sem velas Visões invisíveis, terríveis assombros Montões de vasculhos, enormes escombros Há ventos raivosos, tufões e procelas Lanchas destruídas, velhas caravelas E barcos perdidos sem mais viajar Navios que o tempo tentou afundar Somas valiosas, tesouros mantidos Segredos do mundo que estão escondidos No leito salgado do fundo do mar Refrão Tem monstros que vivem no reino abissal Num mundo profundo aonde não vai O homem que entra dali nunca sai Nem a batisfera veículo pra tal Nenhum oriente nem ocidental Contempla o mistério que vou consagrar Ouvir a sereia anfertiti cantar A onda que geme e que hipnotiza O fim da história na minha camisa Que lavo na espuma da beira do mar _______________________________________________________ Contribuição: Fernando Daher([email protected])