Introd: ( Eu nunca fui o rei do rock Mas não vendi minha guitarra Um cantador me deu o toque Cante, não berre, agüente a barra Aí então me fiz cantor Cego aboiando a ventania Raios, trovões de trovador Espalhei na terra fria Da paraíba ao Mississipi Levei meu som num velho opala Eu já fui junkie, eu já fui hippie Hoje é o mundo minha sala Atravessei o riso e o choro Dias e mares de marasmo Com meu casaco de couro Eu me sentia um Erasmo 23 – 22 – 23 - 24 Por onde andei, cantei baladas Raps, repentes, tristes blues Rasgando o ventre das estradas Cegando o escuro tanta era a luz 23 – 22 – 23 - 24 Vaguei por ruas sem asfalto Andei por becos sem saída Lutei até o último assalto No ringue louco dessa vida Na tela grande do destino Fui bandoleiro, fui caubói Vaqueiro errante, beduíno Soldado dado à dor que dói Amei mulheres às dezenas Ergui altares para elas Plantei crisântemos, verbenas Rezei novenas, vi novelas Poeta torto como um anjo Voei por astros e planetas Desafinando eu e meu banjo O triste coro dos caretas 23 – 22 – 23 - 24 Na tela grande do cinema Fui justiceiro, menestrel A minha vida é um poema Que escrevi com sangue e fel Eu nunca fui o rei do rock Mas não vendi minha guitarra Um cantador me deu o toque Cante, não berre, agüente a barra Cante, não berre, agüente a barra (x4) () Emerson Sartori – [email protected]