intr Foi um tempo que o tempo não esquece Que os trovões eram roucos de se ouvir Todo céu começou a se abrir Numa fenda de fogo que aparece O poeta inicia sua prece Pontiando em cordas e lamentos Escrevendo seus novos mandamentos Na fronteira de um mundo alucinado Cavalgando em martelo agalopado Bis E viajando com loucos pensamentos Sete botas pisaram no telhado Sete léguas comeram-se assim Sete quedas de larva e marfim Sete copos de sangue derramado Sete facas de fio amolado Sete olhos atentos em ser rei Sete vezes eu me ajoelhei Na presença de ser iluminado Como cego fiquei tão ofuscado Bis Ante o brilho dos olhos que olhei Pode ser que ninguém me compreenda Quando digo que sou visionário Pode a bíblia ser um dicionário Pode tudo ser uma refazenda Mas a mente talvez não me atenda Se eu quizer novamente retornar Para o mundo de leis me obrigar A lutar pelo erro do engano Eu prefiro um galope soberano Bis A loucura do mundo me entregar. Cifrado por Marcelo bambam