Intro: Coivara, fogueira, queimada roseira, Enxada na cova, berduega na beira. No mato a urtiga, na folha a formiga, ) A chuva não chega, a seca nos tira.. Vontade de plantar e colher... ) E nem água pra beber. Vontade de plantar e colher... ) E nem água pra beber. No ombro o bornal, açúcar e sal, Feijão e farinha, cristal na lapinha. O tempo nos rouba, a água é salobra. Algodão nenhuma arroba, de fruta só pinha... Juazeiro ainda está verde, ) E essa gente é feliz. Vai matando sua sede, Grudado na sua raíz... ( Se eu fosse água Do velho Chico inundaria essa terra, Então faria outro tipo de guerra, Sem fome só de fartura. Mas eu não sou água E nem sou rico pra poder fazer O velho Chico escorrer, Nesse chão rachado nessa terra dura. Nessa seca verde, mora um povo nobre, Morrendo de sede nessa guerra pobre. Nessa seca verde mora um povo nobre, ) Morrendo de sede nessa guerra pobre.