Espera o dia amanhecer e a aurora chegar. Espera, que ela volta já! Não é necessário pedir que as pessoas te ajudem. Aguarda e guarda o teu olhar... Vês que desgosto que causas ao gosto de quem quer te amar, Nem peças, pois há muito por esperar. A amargura da noite te faz companhia Aprende depressa a te acostumar. E sair de casa vestido de morto, Levando o aperreio de quem sempre foi sombra entre os demais, Insatisfeito consigo, com os outros e os seus ideais. Levanta-te! Põe teus pés sobre o céu e se ponha a sorrir! Engana-te! Pois Aurora já não está aqui para te ver sorrir. Espera o dia amanhecer e a aurora chegar. Espera, que ela volta já! Não é necessário pedir que as pessoas te ajudem. Aguarda e guarda o teu olhar... Há muito que andas distante, dissestes que irias nos visitar. Não há como, nunca mais moramos lá. Quem sabe o arauto dos teus velhos sonhos Te livre do medo que está por findar. Esqueças, não tens arautos e nem velhos sonhos... Só tens desenganos, planos distorcidos e imagens do oitão, Ao passo que tudo que crias atiras ao chão. Prepara-te! Noite já vai embora e o tempo a esperar. Escuta-me, pois Aurora já não vai chegar... Para te ver chorar. Espera o dia amanhecer e a aurora chegar Espera, que ela volta já! Não é necessário pedir que as pessoas te ajudem Aguarda e guarda o teu olhar...

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