INTRO: Mergulho na noite desconhecida Não tenho medo de andar Pois quando a bruma pede saída Eu contemplo o luar Porém a coragem é um caso sério Que as vezes me é negada Sem piedade e critério No momento mais importante da jornada Levanto a cara e olho Além do horizonte há luz Do poente ou da aurora Que me alegra e conduz Eu finjo esquecimento Mas os desejos não somem Procuro então com alento As verdades que me constroem Corro para o minuto restante E aguardo a época da colheita Com flores para os visitantes Que aceitam minha receita Levanto a cara e olho Além do horizonte há luz Do poente ou da aurora Que me alegra e conduz A chuva cai em minha face Refrescando a pele quente da corrida Mas o pior é quando o ânimo arrefece E cai a bruma densa e fria